Rio – Alcântara era contínuo do governo do Rio Grande do Norte. Afonso Pena, presidente da República (1906-1910), ia visitar o Estado. Alcântara pediu para fazer parte da comitiva que ia esperar o Presidente na estação ferroviária de Nova Cruz, fronteira da Paraíba com o Estado.
O governador deixou. Mas o secretário do governador achou um absurdo. Onde se viu contínuo esperando Presidente? Chamou o Alcântara:
- O governador deixou, você vai. Mas antes do trem chegar na estação, você salta no triângulo(ponto de manobra na entrada das estações).
O trem do governador chegou na frente. Alcântara saltou no triângulo. Daí a pouco o trem do Presidente entrou no triângulo para fazer a manobra. Alcântara subiu, foi entrando,deu com o Presidente,foi o primeiro a dar as boas-vindas a Sua Excelência. E foi mostrando a cidade da janela.
AFONSO PENA
Quando o trem do Presidente chagou à estação, o governador, o secretário do governador, os puxa-sacos do governador, todos levaram o maior susto. Era Alcântara que aparecia na porta, ao lado do Presidente, apresentando-o às autoridades estaduais.
Seguem para Natal. Cansado, o Presidente chega ao palácio e pede logo um banho. De repente, abre a porta do banheiro, mete a cabeça:
- Onde está o Alcântara?
Alcântara aparece, entra, sai. Ninguém entendia nada. E Alcântara sendo chamado, e Alcântara atendendo.
ALCANTARA
No dia da partida, à beira do cais (o Presidente voltou de navio), Afonso Pena chamou Alcântara, deu-lhe um abraço e lhe falou alguma coisa ao ouvido. Alcântara sorriu, saiu, não disse nada a ninguém.
Um mês depois, o Diário Oficial publicava um ato de Afonso Pena nomeando Alcântara administrador do porto de Santos. Foi um escândalo. .
No bolso do paletó, tamanho portátil, Alcântara carregava uma garrafinha de conhaque francês. E Afonso Pena era maluco por um golinho de conhaque francês.
LULA
Lula também. Como Afonso Pena, Lula também gosta de um conhaquezinho francês. Se não tiver, vai qualquer um, qualquer coisa.
A diferença é que Afonso Pena era um grato. E Lula “um ingrato”.
Como o vendedor de mousse na praia de Ipanema, “não sou eu quem diz”. É o Carlos Chagas, em artigo que está viajando pela Internet: 1. - “A política costuma ser a arte do esquecimento. E da ingratidão, também. A mais recente escorregadela verbal do presidente Lula não gerou um simples gemido de protesto por parte daqueles na obrigação de defender a imagem de antigos líderes”.
ITAMAR
2. – “O Presidente desculpou-se, em solenidade no Itamaraty, de em seu primeiro mandato haver nomeado embaixadores fora da carreira diplomática, como um erro, ainda mais quando se tratou de encontrar compensações para derrotados em eleições anteriores”.
3. “Referia-se a Itamar Franco, embaixador em Roma, Paes de Andrade, em Lisboa, e Tilden Santiago,
PAES
4. – “O triste em toda essa história é que ninguém saiu em defesa dos três condenados. Itamar foi presidente da República. Paes, presidente do partido e da Camara, assumiu o palácio do Planalto por treze vezes e Tilden formou na primeira linha de defesa de Lula quando os tucanos ganhavam”.
Itamar foi o único senador e governador do PMDB a apoiar Lula desde 98. E, nas quatro vezes
Agora, Lula cospe no prato em que comeu e joga na cara dos tres.
Transcrevendo na Camara dos Deputados o artigo de Chagas, o venerando deputado do PMDB cearense, Mauro Benevides, acusou Lula:
- “É uma clamorosa injustiça praticada contra homens públicos de currículo notável”.
SARNEY
Sarney anda muito perturbado. Displicente e leniente na vida política, Sarney sempre cuidou de sua vida literária, para lustrar a gloria. Agora, nem isso. Na “Folha”, ele dá uma bigodada na língua :
- “Essa historia de minha longevidade como cacique e oligarca são (sic!) coisas que não correspondem à minha vida de intelectual”...
A historia não “são coisas”. A historia “é coisa”. Nem no Enem.
“FOODS”
Está ficando nojenta, intolerável, no Brasil, essa mania de escrever tudo em inglês, como se o pais não tivesse uma língua oficial. O “Festival de Natal”, que está sendo preparado, já virou “Christmas Festival”. O Ancelmo Góis tem razão de reagir : - “Christmas Festival é o cacete”!
E agora, dois capiaus, o catarina da Sadia e o goiano da Perdigão, que especularam em dolar e faliram, juntaram-se com os milhões do BNDES, que se chama Banco Nacional (sic) de Desenvolvimento Econômico e Social). Pois o nome da nova Sadigão é “BRFoods”.
O BNDES devia ser proibido de associar-se a empresa estrangeira.
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