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sábado, maio 30, 2009

DJ Marlboro acusado de molestar criança

Artista e sua namorada teriam abusado sexualmente de uma menina de apenas 4 anos

Ele ganhou fama nacional como um dos maiores precursores do funk no país. Entretanto, nesta semana a notoriedade que recai sobre Fernando Luiz Mattos da Matta, de 46 anos, ou DJ Marlboro como é mais conhecido, não tem qualquer ligação com o som originado nas favelas cariocas.

O DJ é réu em um processo de 2008 de crime de corrupção de menor e atentado violento ao pudor contra uma menina - na época com 4 anos. A vítima é filha de um empresário e uma dentista, moradores de Belo Horizonte. O advogado Alexandre Corrêa, representante dos pais da criança, informou ontem que a violência sexual ocorreu no último mês de agosto. Na ocasião a menina passava férias na casa da tia e madrinha Junia Duarte, de 28, no bairro Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. No período, conforme Corrêa, Júnia e o DJ estavam namorando. Conforme Corrêa, os pais da vítima em agosto do ano passado registraram queixa contra o DJ e a ex-namorada na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca). Na denúncia, o casal mineiro informou que a filha foi violentada várias vezes, nos dez dias de férias que ela ficou na casa da tia.

Convictos. "Os pais estão convictos de que a filha sofreu o abuso sexual. Eles têm uma boa situação financeiramente e não querem ganhos materiais com o processo. Meus clientes esperam que os culpados recebam punição judicial", disse Corrêa.

Em outubro de 2008 a Justiça determinou que o delegado da Depca responsável pelas investigações fizesse uma busca e apreensão nas casas de Marlboro e de Junia.

Ficou surpreendido
Em entrevista ao jornal "Extra", do Rio, o DJ Marlboro se defendeu. "Fui surpreendido, há dez meses, com uma invasão da polícia em minha casa para apreender meus computadores. Depois soube qual era a acusação, absurda e sem fundamento", diz ele. Marlboro conta ainda que, na ocasião, descobriu que seus telefones estavam grampeados. Segundo ele, o processo só se tornou público agora porque os pais estariam se sentindo fragilizados com os rumos da ação na Justiça. "Saiu o laudo das máquinas, saiu o laudo da menina, do Instituto Médico Legal, dizendo que ela está intacta, e a avaliação da psicóloga dizendo que, no vídeo em que ela aparece conversando com a mãe, está sendo induzida. Eles viram que, na Justiça, eu estava saindo do banco dos réus e eles entrando", afirma. Se dizendo vítima de uma "grande armação", Marlboro diz que pretende processar os autores das acusações: "Reparação por danos sempre tem que ter. Qualquer pessoa lesada dessa maneira tem que reagir."

Mãe quer Justiça
"Ela foi atendida num hospital público para vítimas de violência sexual em Minas Gerais. E contou para a legista, usando bonecos para simulação, o que o Fernando e a Junia fizeram com ela. Eles teriam encostado a mão, a boca e outras coisas", descreveu a mãe da criança. Ela disse ainda que a menina voltou estranha da viagem, mas que só contou sobre o que teria acontecido no Rio, dez dias depois. "Amarraram a boca, amarraram as mãos, tentaram sufocá-la", afirmou.

A mãe diz que quer justiça. "O que eu quero é que a pessoa que fez isso com ela seja punida pelo que fez, punida de forma exemplar. Uma coisa que faço questão de dizer é que eu não preciso de R$ 1 dele para nada. A minha condição financeira é boa e eu só quero a verdade, a justiça", afirma a mãe.

Publicado em: 29/05/2009


sexta-feira, maio 29, 2009

VOTO DE LISTA



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Voto de lista

Lula foi veemente, exaltado e até apopletico, ao pedir aos ouvintes: "Não votem em vigaristas, votem em gente do povo, que vá representar você sem roubalheiras ou pensando apenasem enriquecer". E foi dando uma porção de exemplos e conselhos.

Mas com cidadão-contribuinte-eleitor e ainda por cima presidente, Lula devia fazer uma campanha diaria sobre dois itens que DARIAM ou DARÃO antencidade e credibilidade à representatividade.

1) Acabar com o VOTO EM LISTA, a maior traição à democracia.

2) Não aceitar o VOTO DISTRITAL com eleição PROPORCIONAL. Voto distrital é para facilitar a escolha do cidadão. Proporcional é confusão total. Como misturar as coisas?

Lula tem que usar os formidaveis meios de comunicação de que dispõe para ESCLARECER o povo e salvar a democracia.

terça-feira, maio 26, 2009

Pérolas de Galvão Bueno



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Galvão Bueno coleciona pérolas nas narrações da TV Globo .Em uma delas, durante a trasmissão de uma partida de futebol no Equador, Galvão comentou : " Bem amigos da Rede Globo.Estamos aqui em Buenos Aires, no Equador". Buenos Aires fica na Argentina , não no Equador.

Em outra ocasião, Galvão falava sobre um estádio de futebol em Macapá, chamado de Milton Corrêa, mas conhecido como "Zerão", porque a linha imaginária do Equador passa sobre o local. Outra vez o narrado se confundiu : " O estádio tem esse nome (Zerão) porque fica situado bem no Trópico de Cancêr, que duvide o Hemisfério Sul do Hemisfério Norte ".
Relembre algumas gafes cometidas por Galvão Bueno na TV :
- " Nessa tarde de Fla - Flu, Flamengo e Fluminense estarão entrando em campo daqui a pouco ". Além do " estarão entrando em campo", ainda bem que o Fla - flu é entre Flamengo e Fluminense . 

- " o time catarinense tem que vencer, pra lutar pela sul-americana, já que o jogo é lá em Figueirense". Provavelmente, Galvão quis dizer Florianópolis e não Figueirense.

- "Os chineses agora estão todos torcendo contra o Brasil" ,em uma partida do Brasil na Copa do Mundo de 2002 contra a China. Ainda bem que os chineses torcem pela seleção do país deles.

- "O juiz vai dar 3 minutos mais de jogo, vamos aos 49". Cada tempo de uma partida de futebol tem 45 minutos: 45 + 3 = 48, Galvão.

- " O jogo só acaba quando termina". Essa é uma das célebres frases filosóficas de Galvão.

-"O Adriano tá com uma disposição, correndo o campo todo, parece um leão enjaulado". Se o leão está preso, ele consegue correr?

- "Goool! Éééééééé do São Caetanooo! ".A narração estaria perfeita se o gola não tivesse sido do Santo André na final da Copa do Brasil de 2004 contra o flamengo na Maracanã.

- "E Gustavo sobe sozinho para o bloqueio individual! ".
Comentário em uma partida da seleção brasileira de vôlei.Meio redundante, não ?!

- " E depois do jogo, assistam a mais um capítulo  inédito de ' Vale a Pena Ver de Novo' ". Inédito se vale a pena ver de novo?

          Colaboração Ana Maria da  Silveira Caetano                                                                              

segunda-feira, maio 25, 2009

CULTURA EM BELFORD ROXO

 Minha foto É! O ano de 2009 promete para o município de Belford Roxo. Começamos  o ano com novo prefeito      Alcides Rolim (  PT ), prometendo de tudo para os eleitores, retirando todos  assessores  da gestão passada e nomeando os seus, nada mais justo, o homem ganhou. No decorrer  de Janeiro a Maio houve mudanças , mudanças? É mudanças , a prefeitura inaugurou a primeira ciclovia em B.Roxo , situada na Av. Piam, no bairro Nova Piam,( D. Maria Lúcia provavelmente não pensou nisso HÁ!HÁ!HÁ!   ) .  Montou o seu secretariado, entre esses nomes está não sei por quê o dono da furação 2000, Rómulo Costa para a secretaria de cultura. É  companheiros e companheiras pasmem  no seu município não tem uma alma perdida que entenda de cultura, HÁ!HÁ!HÁ!. Morram de inveja eleitores dos demais municípios, vocês pulam o Carnaval com a furação?  Tem baile da furação toda a semana? Tem o Rappa? Tem Os Havaianos, Bolado e Rose, Mc. Créu, Grupo Nascente Dolls e os Mulekes ? Morram de inveja temos tudo isso e mais . É Dr. Alcides Rolim, não sabemos o quanto foi gasto até agora com esses eventos, mais sabemos que poderia ser gasto com algo  produtivo para nossos jovens adolescentes . Jovens  do município que não tem perspectiva para o futuro.   Estamos aqui na baixada correndo o perigo de ver jovens moradores de nossos bairros caminhando em direção ao TRÁFICO.                                                                                                                                                                                                                                                          tavares-falatudo.blogspot.com/ 

domingo, maio 24, 2009

Inquerito contra Edir Macedo vai completar nove anos

       
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              Hélio Fernandes                                                                                                                                    
                                      

Inquérito contra Edir Macedo vai completar nove anos

Para apurar suposto crime de falsidade ideológica, a Polícia Federal instaurou inquérito criminal contra o diretor-presidente da Rede Record de Televisão e Bispo-chefe da Igreja Universal, Edir Macedo, em agosto de 2000 e até hoje não conseguiu concluí-lo.

Segundo o site do TRF/3ª Região, o referido processo está vinculado à 4ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

Para agilizar o trabalho de investigação, o juiz da vara solicitou o desmembramento do procedimento ao Superior Tribunal de Justiça e foi atendido. Como leigo, pergunto se o mencionado inquérito não deveria ser arquivado, já que o crime de falsidade ideológica em documento particular prevê pena de reclusão de 1 a 3 anos? Segundo o Código Penal, extingue-se a punibilidade em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro.

Em síntese, Edir Macedo é acusado de ter usado pastores e bispos, sem capital e patrimônio próprio, na aquisição de emissoras de rádio e televisão em diversos Estados da Federação, os quais ficaram conhecidos como "laranjas" do bispo. Agora, se o documento utilizado para as transações supostamente fictícias for considerado público, a prescrição só ocorrerá em agosto de 2012. De qualquer forma, é muito tempo para o desfecho de um inquérito policial que envolve uma só pessoa.

Façam seus comentários, manifestem suas opiniões. É uma questão importantíssima, que precisa ser referendada (ou até reprovada) pela opinião pública. Será que a duração de 9 anos para concluir um inquérito tem a ver com o prestígio do "Bispo", que se julga mais importante do que Deus. Compareçam, digam o que acharem importante e até indispensável.

O CONHAQUE DE LULA

 Sebastião Nery  


 

         Rio – Alcântara era contínuo do governo do Rio Grande do Norte. Afonso Pena, presidente da República (1906-1910), ia visitar o Estado. Alcântara pediu para fazer parte da comitiva que ia esperar o Presidente na estação ferroviária de Nova Cruz, fronteira da Paraíba com o Estado.

         O governador deixou. Mas o secretário do governador achou um absurdo. Onde se viu contínuo esperando Presidente? Chamou o Alcântara:

         - O governador deixou, você vai. Mas antes do trem chegar na estação, você salta no triângulo(ponto de manobra na entrada das estações).

         O trem do governador chegou na frente. Alcântara saltou no triângulo. Daí a pouco o trem do Presidente entrou no triângulo para fazer a manobra. Alcântara subiu, foi entrando,deu com o Presidente,foi o primeiro a dar as boas-vindas a Sua Excelência. E foi mostrando a cidade da janela.        

                                      AFONSO PENA

         Quando o trem do Presidente chagou à estação, o governador, o secretário do governador, os puxa-sacos do governador, todos levaram o maior susto. Era Alcântara que aparecia na porta, ao lado do Presidente, apresentando-o às autoridades estaduais.

         Seguem para Natal. Cansado, o Presidente chega ao palácio e pede logo um banho. De repente, abre a porta do banheiro, mete a cabeça:

         - Onde está o Alcântara?

         Alcântara aparece, entra, sai. Ninguém entendia nada. E Alcântara sendo chamado, e Alcântara atendendo.

                                     ALCANTARA

         No dia da partida, à beira do cais (o Presidente voltou de navio), Afonso Pena chamou Alcântara, deu-lhe um abraço e lhe falou alguma coisa ao ouvido. Alcântara sorriu, saiu, não disse nada a ninguém.

         Um mês depois, o Diário Oficial publicava um ato de Afonso Pena nomeando Alcântara administrador do porto de Santos. Foi um escândalo. .

         No bolso do paletó, tamanho portátil, Alcântara carregava uma garrafinha de conhaque francês. E Afonso Pena era maluco por um golinho de conhaque francês.

                                      LULA

         Lula também. Como Afonso Pena, Lula também gosta de um conhaquezinho francês. Se não tiver, vai qualquer um, qualquer coisa.

A diferença é que Afonso Pena era um grato. E Lula “um ingrato”.

         Como o vendedor de mousse na praia de Ipanema, “não sou eu quem diz”. É o Carlos Chagas, em artigo que está viajando pela Internet:           1. - “A política costuma ser a arte do esquecimento. E da ingratidão, também. A mais recente escorregadela verbal do presidente Lula não gerou um simples gemido de protesto por parte daqueles na obrigação de defender a imagem de antigos líderes”.

                                               ITAMAR   

         2. – “O Presidente desculpou-se, em solenidade no Itamaraty, de em seu primeiro mandato haver nomeado embaixadores fora da carreira diplomática, como um erro, ainda mais quando se tratou de encontrar compensações para derrotados em eleições anteriores”.

         3. “Referia-se a Itamar Franco, embaixador em Roma, Paes de Andrade, em Lisboa, e Tilden Santiago, em Havana. Nenhum dos três foi derrotado e todos os três o apoiaram. Itamar, então governador de Minas, não disputou a reeleição. Paes e Tilden também não disputaram”.

                                               PAES

         4. – “O triste em toda essa história é que ninguém saiu em defesa dos três condenados. Itamar foi presidente da República. Paes, presidente do partido e da Camara, assumiu o palácio do Planalto por treze vezes e Tilden formou na primeira linha de defesa de Lula quando os tucanos ganhavam”.

         Itamar foi o único senador e governador do PMDB a apoiar Lula  desde 98. E, nas quatro vezes em que Lula disputou, Paes o apoiou em todas, no primeiro, no segundo ou nos dois turnos.

         Agora, Lula cospe no prato em que comeu e joga na cara dos tres.

         Transcrevendo na Camara dos Deputados o artigo de Chagas, o venerando deputado do PMDB cearense, Mauro Benevides, acusou Lula:

         - “É uma clamorosa injustiça praticada contra homens públicos de currículo notável”.                      

                                          SARNEY

         Sarney anda muito perturbado. Displicente e leniente na vida política, Sarney sempre cuidou de sua vida literária, para lustrar a gloria. Agora, nem isso. Na “Folha”, ele dá uma bigodada na língua :

         - “Essa historia de minha longevidade como cacique e oligarca são (sic!) coisas que não correspondem à minha vida de intelectual”...

         A historia não “são coisas”. A historia “é coisa”. Nem no Enem.

                                       “FOODS” 

         Está ficando nojenta, intolerável, no Brasil, essa mania de escrever tudo em inglês, como se o pais não tivesse uma língua oficial. O “Festival de Natal”, que está sendo preparado, já virou “Christmas Festival”. O Ancelmo Góis tem razão de reagir : - “Christmas Festival é o cacete”!

         E agora, dois capiaus, o catarina da Sadia e o goiano da Perdigão, que especularam em dolar e faliram, juntaram-se com os milhões do BNDES, que se chama Banco Nacional (sic) de Desenvolvimento Econômico e Social). Pois o nome da nova Sadigão é “BRFoods”.

         O BNDES devia ser proibido de associar-se a empresa estrangeira. 

O sonho de Paes

  Sebastião Nery

         RIO – Tenório Cavalcanti, o rei da Baixada Fluminense, deputado estadual e federal desde 1947, sempre pela UDN, foi candidato a governador da Guanabara em 1960 pelo PST, contra Carlos Lacerda da UDN e Sergio Magalhães do PTB-PSB.

         Era uma jogada pouco sutil, estimulada pelo gaucho João Goulart, que não queria ver surgir no Rio uma forte liderança trabalhista do irmão de Agamenon Magalhães.  Os 200 mil votos populares de Tenório, tirados do petebista Sergio Magalhães, deram a vitoria a Lacerda por 20 mil votos.

         Na campanha, Tenório foi fazer comício em Acari, uma das mais miseráveis favelas do Rio.Chovia muito, ficou na porta do cinema. Quando a sessão acabou, Tenório subiu numa caminhonete e pegou o microfone:

         - Povo de Acari. Vim aqui hoje porque tive um sonho ontem com vocês. Morri e fui para o céu.

                                               TENORIO

         - Quando São Pedro me viu chegar no céu, me chamou:

         - Tenório, o que é que você está fazendo por aqui?.                                    - Decidi morrer, São Pedro. Há muitos anos luto por meu povo. Estou cansado de enfrentar os poderosos, os ricos, e o povo cada vez mais pobre. A cruz que eu carrego é uma cruz muito grande.

         Mas São Pedro não concordou :

         - Você ainda não pode morrer, Tenório. Reconheço que sua cruz é muito grande. Vá à sala das cruzes e troque a sua por outra menor.

         Fui lá, vi muitas cruzes e uma enorme, que tomava a sala toda. Peguei uma pequena para mim, voltei a São Pedro:

         - Que cruz enorme é aquela que há lá?

         - É a cruz do povo de Acari.

         Pois é, povo de Acari. É por isso que estou aqui. Para ajudar o povo de Acari a carregar sua cruz, que é muito grande.

         O povo ficou em lágrimas. Tenório ganhou em Acari.

                                               MEIRA FILHO

         Uns sonham já no céu. Outros, com amigos no céu. Paraibano de Taperoá (1922), Meira Filho foi locutor de sucesso nas rádios Nacional, Globo, Tupi, Jornal do Brasil e outras do Rio, nas décadas de 40 e 50.

         Em 1956 reafirmou seu talento criando com Cesar Ladeira a Rádio Relógio do Distrito Federal. Pioneiro do radio em Brasília, foi ele quem anunciou a criação da nova capital. Em 1986, elegeu-se senador pelo PMDB e ficou muito amigo de Paes de Andrade, presidente do partido.

         Meira e Paes faziam a barba com o mesmo barbeiro. No fim do ano passado, Meira perguntou ao barbeiro por Paes e lhe mandou um abraço. Saia da barbearia, passou mal, foi parar numa UTI do hospital Santa Lucia. Na UTI ao lado, estava internado, já há dias, exatamente Paes de Andrade.

                                                        UTI  

          Nenhum sabia do outro. De manhã, Paes, já melhor, ouviu uma movimentação na UTI do lado. Perguntou ao enfermeiro quem estava lá.

         - O senador Meira Filho.

         - Vou lá. Vou dar um abraço em meu amigo.

         - Deputado, o senhor não pode falar com o senador.

         - Não posso por que? Chame meu medico.

         - Deputado, o senador não vai falar com o senhor.        

         - Por que não vai? Como é que você sabe? É de sua conta?

         - Deputado, o senhor não vai falar com ele porque o senador morreu.

                                               LULA

         Paes de Andrade ficou muito triste. Ante-ontem, Paes sonhou com Meira Filho, lá no céu, chamando-o :

         - Paes, estou com muita saudade de você. Não só eu, mas muitos amigos nossos que estão aqui. Venha para cá, Paes. Venha ficar conosco.

         Paes acordou do pesadelo aos berros :

         - Não vou não, Meira! Não vou de jeito nenhum!

         Paes de Andrade está tão indignado com a desfeita que o presidente Lula lhe fez, e também a Itamar Franco e Tilden Santiago, dizendo-se arrependido de haver “nomeado três derrotados para as embaixadas de Lisboa, Roma e Havana”, que se Lula chamar Paes ao Planalto ele não vai.

        Entre Lula vivo e Meira morto, acho que Paes prefere atender a Meira.

                                      

FHC: " Não quero privatizar a Petrobras. HA! HA! HA!


Se existisse o Premio Nobel de hipocrisia, demagogia e fantasia, teria que ser entregue ao PSDB, em conjunto. Terça-feira, de 2 da tarde às 8 da noite, se revezaram nos microfones. Foi um festival Wagner de repugnancia, palavra utilizada pelo globalizante FHC. Este chegou a dizer vergonhosamente: "Participei da campanha do petroleo é nosso".

Como o auge da campanha do "Petroleo é Nosso" ocorreu em 1952, quando FHC tinha 20 anos, é facil comprovar que ele não estava falando a verdade. Meia verdade disse o ex-presidente, assim: "Varios generais participaram dessa campanha, incluindo meu pai". Mas o general da "panela vazia", um bravo lutador, já estava longe do filho, a familia não se cansava de criticar o futuro e inesperado presidente.

Muitos parentes, militares, não se davam com FHC. Barbosa Lima disse uma vez que "nem os generais parentes dele suportavam suas posições antinacionais" (e olhem que ele ainda não participara nem patrocinara as reuniões, aqui e nos EUA, do famigerado "Consenso de Washington").

Nascido no Rio, morando na Rua 19 de Fevereiro (Zona Sul da cidade), inesperadamente resolve mudar para São Paulo. Mudar de Estado não é surpreendente. No caso do futuro presidente, era obrigação por causa das divergências familiares.

Era muito jovem, não participou de nada, apesar do que diz. Tudo na sua história é forjado por ele mesmo. Depois, à medida que o tempo foi passando, continuou sem participar, aí era total falta de convicção. E também porque tinha se convencido de que o melhor lugar para fazer carreira era ficar sempre em cima do muro, o que fez com magistral sabedoria, um equilibrio majestoso. Mas, diga-se, jamais pensou (?) na Presidência da República.

Continua insistindo (e mentindo) em contar uma biografia falsa e inexistente. Suposto contador de histórias, tenta enganar, dizendo: "Fui cassado, preso, exilado". E ontem, numa nota oficial sem sentido, na hora errada e despropositada, acrescentou outro "fato" que representa "menas" verdade: "Fui processado por participar da campanha do Petróleo é Nosso". Ha! Ha! Ha!

FHC diz que tem REPUGNÂNCIA pelos que falam em PRIVATIZAÇÃO da Petrobras. O ex-presidente, então, deve evitar o espelho. Usemos a mesma palavra (que não consta do meu vocabulário) para desmontar as quatro inverdades.

CASSADO: jamais a ditadura se preocupou com ele. Tanto não foi cassado que em 1978, muito antes da "anistia ampla, geral e irrestrita", FHC foi candidato a senador. Nenhum CASSADO pôde sair candidato. Que ele apresente um só cassado que tenha disputado eleição em 1978, RETIRO tudo que disse, e reconhecerei que FHC está com a razão. (Nos anais da ABI, existe um debate entre dois conselheiros, esse reporter e o jornalista Mauricio Azedo, agora, presidente, na época era o excelente Fernando Segismundo. Queriam mandar um ofício a FHC, então presidente, fiquei contra usando os fatos que repito agora. O ofício não foi enviado.)

PRESO: nenhuma cadeia ou prisão especial jamais recebeu, por horas que fosse, o futuro presidente, que usou sempre o "fato", mentirosamente, para se promover.

EXILADO: FHC jamais sofreu qualquer punição, nem mesmo essa de ser perseguido e obrigado a morar no exterior. Como diversos amigos estavam no Chile, ele ia para Santiago, em vez de ir para Paris (o habitual). Foi e voltou várias vezes, mesmo sem ter sido obrigado, se enquadra na constatação do sincero Darci Ribeiro: "Nunca me diverti tanto quanto no exilio, e jamais viajei por tantos países". O mesmo Darci, que, eleito senador, afirmou satisfeitissimo, ao assumir: "Puxa, nunca pensei que o Senado fosse um clube tão agradavel e confortavel. Tudo o que você imagina está a sua disposição".

PROCESSADO: essa é inacreditável. O movimento "O Petróleo é Nosso" começou com alguns civis e militares. O auge foi em 1952. Em 1953, o deputado Roberto Morena (do Partido Comunista e que, como marceneiro, trabalhara na instalação das poltronas da Câmara) apresentou projeto criando a Petrobras. Vargas, espertissimo, logo aprovou o projeto, ligando seu nome. INDEVIDAMENTE, à história da Petrobras.

FHC quer fazer crer que 18 anos depois foi processado pela campanha. E só ele, mais ninguém? Nem o pai, este, indiscutivelmente, uma brava e respeitada figura?

P.S. - FHC quer também "vender" a ideia de que o pré-sal é consequencia de seu governo. Assim é demais. Um ex-presidente "apanhado quatro vezes em mentiras colossais", mostra que esta não é a República dos nossos sonhos.

P.S. 2 - Estas notas responsabilizando FHC pela baderna e o tumulto da CPI da Petrobras são porque, como registrei ontem, terça-feira, ele é o instigador de tudo. Em outras notas, comentarei mais sobre a Petrobras.

quinta-feira, maio 21, 2009

TUTTI FASCISTI ( SEBASTIÃO NERY )


                                                 TUTTI

                                               FASCISTI

 

         RIO – Cidadão romano (viveu de 340 a 397) dos começos do  cristianismo, nascido na Alemanha de hoje, filho do prefeito da Galia (França), formado em Direito em Roma , Ambrosio nem batizado era. Morreu o bispo de Milão, houve muita confusão para escolher o sucessor, Ambrosio foi à igreja acalmar a briga, o povo gritou : - Ambrosio bispo”! 

         Ambrosio topou. Muito rico, distribuiu os bens aos pobres, estudou Teologia e se tornou um dos maiores Doutores da Igreja, converteu Santo Agostinho e fizeram juntos a letra do “Te Deum”, o mais sacro dos hinos.

         Sete de setembro é feriado em Milão e não é por causa do Brasil. É o dia de Santo Ambrosio.  Em 7 de setembro de 96, estava em Milão, fui à belíssima catedral gotica assistir à tradicional missa da festa dele. Nos primeiros bancos, a Itália política : a centro-esquerda, com o primeiro-ministro Massimo d`Alema, secretario-geral do PDS, que tinha acabado de ganhar as eleições, e a direita, com Silvio Berlusconi, líder da oposição.

                                          MARTINI

         No sermão, o alto, elegante e ainda vigoroso cardeal Martini, na época considerado o sucessor natural de João Paulo II (e aposentado quando completou 75 anos), olhando bem para os dois, denunciou :

         - “Nossa sociedade não parece constrangida com o furor dos pobres, que tentam fazer ouvir a sua voz e encontrar uma representação política. Direita e esquerda defendem os privilégios sob a lógica individualista dos direitos privados e da conservação dos privilégios dos que já os têm, com o conseqüente abandono dos direitos sociais daqueles que não os têm”.

          A centro-esquerda manteve a hedionda política economico-financeira da direita (como Lula) e logo perdeu as eleições para Berlusconi.

Em 2005, em Roma, na Piazza del Popolo, ao lado da turistica Piazza di Spagna, em um domingo de sol, 100 mil pessoas ouviram Romano Prodi, “Il Professore”, ex-presidente da União Europeia, denunciar Berlusconi :

         - “A Itália não merece Berlusconi. Com ele a Itália está humilhada. Não merecemos ser governados tão mal. Os italianos merecem coisa melhor. Governo irresponsavel, que promete milagres e só faz desastres”.

         A centro-esquerda ganhou E fez tanta besteira que Berlusconi voltou.

                                               BERLUSCONI

         Pois é o governo desse Berlusconi, velho neofacista, tantas vezes condenado pela justiça italiana, que quer humilhar o Brasil, por causa do asilo político concedido a Cesare Battisti, como é da tradição nacional :     

         1.- “Itália ameaça chamar seu embaixador – O ministro da Defesa, Ignacio La Russa, encaminhou (desaforada) reclamação ao ministro das Relações Exteriores, Franco Frattini : - “Fui dos primeiros a alertar (sic) o governo brasileiro sobre o risco de que a grande amizade entre os povos da Itália e do Brasil seja profundamente minada pela imprudente (sic) decisão de um ministro brasileiro” (Tarso Genro, da Justiça). (O Globo).

         2.- “O vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado da Itália, Sergio Divina, defendeu o boicote de turistas italianos ao Brasil : - Quando forem fazer uma viagem ao exterior, não levem em consideração o Brasil, pais ao qual nós italianos demos(sic) tanto”. (Folha).

         Os três juntos não valem um “cornetto”. La Russa, Frattini e Divina são três conhecidos neofascistas, velhos aliados de Berlusconi.

                                      IMIGRANTES    

         É uma inversão total da historia. A Fiat não faz só Ferrari. Deviam ler o estudo clássico da “Fondazione Giovanni Agnelli”, coordenado pelos professores Rovilio Costa, Luis Alberto de Boni e Ângelo Trento : - “La Presenza Italiana Nella Storia e Nella Cultura del Brasile” :

         1. - “10 milhões de descendentes de italianos estabeleceram-se no começo do século No Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Ondas sucessivas de imigrantes atiraram-se (“si riversarono”) sobre o Brasil, sobretudo entre os anos 1875 e 1914.  O instrumento essencial da política de atração de mão de obra foi o financiamento da viagem pelo governo brasileiro.A travessia gratuita era dada de preferência a famílias agrícolas. A imigração subsidiada encontrou grande receptividade na Itália, permitindo a partida de um pedaço da população rural pauperizada”.

         2. - “A pobreza inicial fez com que por longo tempo os imigrantes se dedicassem sobretudo a uma agricultura de subsistência. Só no Estado de São Paulo entraram quase 2 milhões e 300 mil entre 1886 e 1934”.

                                               MÃO DUPLA

         Logo, ninguem “deu tanto” a ninguem. Foi um destino de duas mãos.  O Brasil muito aproveitou a milenar cultura agrícola italiana, a força de organização de seus trabalhadores e associações operarias, principalmente os anarquistas, e depois a capacidade empresarial de seus industriais. E a Itália conseguiu arranjar trabalho para milhões de seus filhos ameaçados pela fome entre varias guerras, uma delas contra nós. Foi uma mão dupla.

         Não falo de teoria. Em 1948, vi exatamente 48 familias italianas instalarem-se numa colônia agrícola na minha Jaguaquara, lá na Bahia, com sua alegria, sua capacidade de trabalho, sua cultura rural, seus tomates, batatas, cebolas, repolhos, até vinho, mudando inteiramente a economia da região, até hoje a maior produtora de hortigranjeiros do Estado.

                                           CIRO E SARNEY                      

         - “No Congresso não se tem hegemonia moral e intelectual. O que preside a hegemonia hoje é a fisiologia, a repartição de privilégios, é uma pequena panelinha que escolhe entre si”. (Ciro Gomes, O GOBO).

A CABEÇA DE BASTTITI ( SEBASTIÃO NERY )

  A CABEÇA

                                               DE BATTISTI

                                     

         RIO – O carrão preto, motorista de libré, parava na porta da embaixada do Brasil em Roma, na Piazza Navona, em 90 e 91. Descia um senhor baixo, 80 anos, terno escuro, colete cinza, camisa branca e gravata.  Um dos homens mais poderosos da Itália, conde do Papa, banqueiro de Deus, ia buscar-me para almoçar, a mim, pobre marquês, adido cultural.

         Íamos aos mais discretos e charmosos restaurantes de Roma, com os melhores vinhos da Itália. Às vezes o almoço foi no palacete dele, na Vila Archimede, no alto do Gianicolo, ou, em um domingo de sol, em sua casa na serra, em Grottaferrata, a poucos quilometros de Roma. Simpático, vivido, o conde Umberto Ortolani era uma figura “ambígua, misteriosa” (como dizia o “La Republica”). Mal falava, só perguntava.

         Dele eu sabia que era conde da Santa Sé,“gentiluomo di sua Santitá”, banqueiro do Vaticano, socio-diretor do jornal “Corriere de la Sera”. Havia conhecido num vernissage no Masp, em São Paulo, em 84, apresentado pelo jornalista e editor José Nêumanne, do “Estado de S. Paulo”.   

                                               ORTOLANI

         O que ele queria de mim?Queria o Brasil. Queria que eu convencesse o embaixador Carlos Alberto Leite Barbosa a convencer o Itamaraty a lhe entregar um novo passaporte, pois tinha cidadania brasileira dada pela ditadura militar a pedido dos Mesquita do “Estado de S. Paulo” e os dois que tinha, o italiano e o brasileiro, o governo italiano lhe tomara ao descer em Roma, depois de oito anos asilado no Brasil.

         Impossível. Quem tomou o passaporte foi o governo italiano. O Brasil nada tinha com aquilo. Mas ele achava que, insistindo, talvez conseguisse. Queria fugir de novo. Ou não tinha companhia melhor para sua conversa admirável sobre a política italiana e seus magníficos vinhos.

         Levou-me a seu escritório na Via Condotti, 9, em cima da Bulgari :

         - Desta sala saíram sete primeirios ministros : Andreotti, Craxi, etc.

                                               UM LIVRO

         O conde é uma historia exemplar do satânico poder dos banqueiros, mesmo quando, como ele, um banqueiro de Deus, vice-presidente do banco Ambrosiano, do cardeal Marcinkus, até hoje foragido nos Estados Unidos.

         Os que criticam, inteiramente sem razão, o presidente Lula e o ministro Tarso Genro, por terem dado asilo político ao italiano Cesare Battisti, deviam ler um livro imperdível : “Poteri Forti” (“Fortes Poderes, o Escândalo do Banco Ambrosiano”), do jornalista italiano Ferruccio Pinotti, abrindo as entranhas do poder de corrupção do sistema financeiro, de braços dados com governos, partidos, empresários, maçonaria, mafia.

         Em junho de 1982, foi encontrado estrangulado em Londres, embaixo da “Blackfriars Bridge” (“a ponte dos Irmãos Negros”), o banqueiro italiano Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano, que acabava de quebrar, e tinha como diretores o cardeal Marcinkus, o conde Ortolani e o chefe da P-2 italiana (maçonaria), Licio Gelli.

                                      MÃOS LIMPAS

         Nos dias seguintes, na Itália e na Inglaterra, apareceram assassinados varios outros ligados a Calvi. (Não é só em Santo André que se limpa a área). No meio da confusão estava Ortolani, um dos quatro “Cavaleiros do Apocalipse”. Quando, a partir de 90, a “Operação Mãos Limpas” chegou perto deles, o conde, olhando Roma lá de cima do Gianiccolo, me dizia :

         - Isso não vai acabar bem.    

         Depende o que é acabar bem. O ministério Publico e a Justiça enfrentaram a aliança satânica, que vinha desde 45, no fim da guerra, entre a Democracia Cristã e a máfia italiana. Houve centenas de prisões, suicídios. Nunca antes a máfia tinha sido tão encurralada e atingida. Responderam com bombas detonando carros de procuradores e juizes. Mas os grandes partidos políticos aliados (Democrata Cristão, Socialista, Liberal) explodiram. O Partido Comunista, conivente, se desintegrou. E meu amigo conde, condenado a 19 anos, morreu em 2002, aos 90 anos.                                            NEGRI E BATTISTI

       A “Operação Mãos Limpas” não teria havido se um punhado de bravos jovens valentes e alucinados, das Brigadas Vermelhas e dos Proletarios Armados pelo Comunismo (PAC) não tivesse enfrentado o Estado mafioso.

         O governo, desmoralizado, usava a máfia para elimina-los. Eles reagiam, houve mortos de lado a lado, e prisões dos lideres intelectuais, como o filósofo De Negri (asilado na França) e o romancista Cesare Battisti (asilado na França). Estava lá, vi, escrevi, acompanhei tudo.

         Foram eles, os jovens rebeldes das décadas de 70 a 80, que começaram a salvar a Italia. Se não se levantassem de armas na mão, a aliança Democracia Cristã, Partido Socialista, Liberais e máfia, estaria lá até hoje. Berlusconi é o feto podre que restou, mas logo será expelido.  

                                      SALOMÉS

         O corrupto Chirac, a pedido de Berlusconi, retirou o asílo politico de Battisti, que o Brasil agora lhe deu. Tarso Genro e Lula estão certos. O problema foi, era, continua político. O fascista Berlusconi (primeiro-ministro)é apoiado pelo desfrutavel velhinho comunista Giorgio Napolitano (presidente) que se escondeu quando o juiz Falcone (assassinado) e o procurador Pietro(hoje no Parlamento) fizeram a “Operação Mãos Limpas”

         Não têm autoridade moral nenhuma. Por que não devolveram Caciolla, o batedor de carteira do Banco Central, quando o Brasil pediu?

         As Salomés de lá e cá querem entregar a cabeça de Battisti à máfia.

                                    

" O MANO " ( F. MAIER )

ESCRITA POR UM ESTUDANTE DO ENSINO FUNDAMENTAL EM UMA ESCOLA DE SÃO PAULO. 

`Redassão` 

`O mano` 

Quando eu tiver um mano, vai-se chamar Herrar, porque Herrar é o mano. 


Obs.: Colaboração de Jorjagulha (F. Maier). 

ORIGEM DOS DEZ MANDAMENTOS ( F. MAIER )



Deus perguntou aos Gregos: 

- Vocês querem um mandamento? 

- Qual seria o mandamento, Senhor? 

- Não matarás! 

- Não, obrigado. Isso interromperia nossa sequência de conquistas. 

Então Deus perguntou aos Egípcios: 

- Vocês querem um mandamento? 

- Qual seria o mandamento, Senhor? 

- Não cometerás adultério! 

- Não, obrigado. Isso arruinaria nossos finais de semana! 

Deus perguntou então aos Assírios: 

- Vocês querem um mandamento? 

- Qual seria o mandamento, Senhor? 

- Não roubarás! 

- Não, obrigado. Isso arruinaria nossa economia! 

E assim Deus foi perguntando a todos os povos até chegar aos judeus: 

- Vocês querem um mandamento? 

- Quanto custaria? 

- É de graça. 

- Então manda dez... 


Obs.: Colaboração de minha prima Terezinha Preis Garcia (F. Maier). 





quinta-feira, maio 14, 2009

Cartas-->Ministro Minc, com M de Maconha -- 11/05/2009 - 14:29 (Félix Maier)Cartas-->Ministro Minc, com M de Maconha -- 11/05/2009 - 14:29 (Félix Maie


 
Algum de vocês já leu, já viu ou ouviu falar que um Ministro de Estado de um país qualquer tenha se prestado a puxar uma MARCHA DA MACONHA? 

Pois é, o Carlos Minc hoje [9/5] no Rio de Janeiro liderou uma passeata pela liberação da "canabis sativa" no Brasil. Deu entrevista para a Rede Bandeirantes muito orgulhoso de seu feito, chamando de hipócritas aqueles que não aceitam a liberação da droga. 

Maconha pode, cigarro não pode! Se você fumar maconha é perdoado por ser um dependente. 

Se fumar cigarro, segundo o Serra e tantos outros, é um criminioso. 

Eu nunca vi um ministro se prestar a isso, só aqui no Brasil estas coisas acontecem! 

Ana Prudente 


domingo, maio 10, 2009

CORNO INTELIGENTE

Corno inteligente 

RACIOCÍNIO RÁPIDO DE UM CORNO INTELIGENTE 

O indivíduo chega de surpresa e surpreende a mulher em sua cama com outro. 

Tirou o revólver da cintura, tomando cuidado para não ser percebido pelos dois, armou o gatilho e já ia se preparando para meter 
bala neles quando parou para pensar. 

Foi se lembrando de como a sua vida de casado havia melhorado nos últimos tempos. 

A esposa já não pedia dinheiro pra comprar carne, aliás, nem para comprar vestidos, jóias e sapatos, apesar de todos os dias aparecer com um vestido novo, uma jóia nova ou uma sandalinha da moda. 

Os meninos mudaram da escola pública do bairro para um cursinho super chique. Sem contar que a mulher trocou de carro, apesar de ele estar a quatro anos sem aumento e ter cortado a mesada dela. 

O supermercado, então, nem se fala, eles nunca tiveram tanta fartura quanto nos últimos meses. 
E as contas de luz, água, telefone, internet, celular e cartão de crédito, fazia tempo que ele nem ouvia falar delas. 

O caso é que a mulher dele era mesmo um aviãozinho, baixinha, toda gostosinha, mesmo com três filhos o tempo não passava pra ela. Coisa de louco... 

Guardou a arma na cintura, com muito cuidado para não ser percebido, e foi saindo devagar, para não atrapalhar os dois. 

Parou na porta da sala, refletiu um pouco e disse pra si mesmo: 

- O cara paga o aluguel, o supermercado, a escola das crianças, as contas da casa, o carro, o shopping, todas as despesas e eu ainda vou pra cama com ela todos os dias... 

E, fechando a porta atrás de si, concluiu sorrindo: 

- Puta que o pariu... O CORNO É ELE!!! 


Obs.: Colaboração do piloto de avião e escritor Luiz J. Mendonça, autor de "O voo nos garimpos da Amazônia" (F. Maier). 



MAIS UM

Mais um

Fernando Lugo: terceira mulher diz ter filho do ex-bispo e presidente do Paraguai

Publicada em 22/04/2009 às 16h53m
O Globo
Agências internacionais

RIO - Uma terceira mulher afirmou publicamente que teve uma relação amorosa com presidente do Paraguai, Fernando Lugo, quando ele ainda era bispo, informa o site "LíneaCapital". A diferença para as outras mulheres é que esta já teria afirmado que não pretende gerar nenhum conflito e não fará nenhuma demanda contra o ex-bispo, já que a criança, de 2 anos, foi fruto de uma "entrega total". Nos últimos dias, duas mulheres foram aos jornais afirmando que tiveram relações com o então bispo e atual presidente.

O suposto terceiro filho do presidente paraguaio seria fruto do caso com Damiana Hortensia Morán Amarilla, de 39 anos, professora e dirigente social, que diz respeitar muito o líder e não querer nada dele.

Você acha que o presidente do Paraguai merece receber punição?

"Eu acredito que ele suspeitava, mas não podíamos nos encontrar nem nada por conta do processo político", disse a mulher.

Damiana é professora, diretora de uma creche e coordenadora geral do movimento Mobilização da Cidadania Paraguaia em Ação. Ela conheceu Lugo em um momento em que se formavam organizações para lançar o ex-bispo no mundo político.

A mulher é divorciada e tem outros dois filhos, de 20 e 21 anos. Ela sempre sonhou em ter outro filho, mas "nunca" imaginou que fosse dessa maneira. Segundo o jornal "ABC Color", o menino se chama Juan Pablo em homenagem ao Papa João Paulo II. Ela afirmou que decidiu contar a verdade publicamente "porque há grandes interesses de grupos mafiosos que querem mentir e desviar" a atenção do processo que vive seu país.

"Por isso quero falar deste grande amor. Jesus Cristo disse que a arma mais poderosa e a que transforma é o amor. Compreendo a situação e as circunstâncias e por isso não peço absolutamente nada".

Na terça-feira, o advogado de Lugo não conseguiu chegar a acordo com a segunda mulher que reivindicou a paternidade de Lugo. O presidente se dispôs a realizar exame de DNA, mas pediu que o caso fosse tratado no âmbito privado. Ela não gostou e já confirmou sua decisão de apresentar uma denúncia nos tribunais paraguaios.
                                            "   UM BISPO DO CAPETA OU DO CASSETE  ?          "                                                                      opnião ----                         tavares -falatudo

sábado, maio 09, 2009

O globo e a DEMOCRACIA - HÁ ! HÁ ! HÁ !



Editorial de “O Globo” do dia 02 de abril de 1964:

“Ressurge a Democracia”

Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.

Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ser a garantia da subversão, a escora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade, não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada.

Agora, o Congresso dará o remédio constitucional à situação existente, para que o País continue sua marcha em direção a seu grande destino, sem que os direitos individuais sejam afetados, sem que as liberdades públicas desapareçam, sem que o poder do Estado volte a ser usado em favor da desordem, da indisciplina e de tudo aquilo que nos estava a levar à anarquia e ao comunismo.

Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente, certos, enfim, de que todos os nossos problemas terão soluções, pois os negócios públicos não mais serão geridos com má-fé, demagogia e insensatez.

Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos. Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não confundiram a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas um daqueles poderes, o Executivo.

As Forças Armadas, diz o Art. 176 da Carta Magna, “são instituições permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade do Presidente da República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI.”

No momento em que o Sr. João Goulart ignorou a hierarquia e desprezou a disciplina de um dos ramos das Forças Armadas, a Marinha de Guerra, saiu dos limites da lei, perdendo, conseqüentemente, o direito a ser considerado como um símbolo da legalidade, assim como as condições indispensáveis à Chefia da Nação e ao Comando das corporações militares. Sua presença e suas palavras na reunião realizada no Automóvel Clube, vincularam-no, definitivamente, aos adversários da democracia e da lei.

Atendendo aos anseios nacionais, de paz, tranqüilidade e progresso, impossibilitados, nos últimos tempos, pela ação subversiva orientada pelo Palácio do Planalto, as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-os do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal.

Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais. Aliaram-se os mais ilustres líderes políticos, os mais respeitados Governadores, com o mesmo intuito redentor que animou as Forças Armadas. Era a sorte da democracia no Brasil que estava em jogo.

A esses líderes civis devemos, igualmente, externar a gratidão de nosso povo. Mas, por isto que nacional, na mais ampla acepção da palavra, o movimento vitorioso não pertence a ninguém. É da Pátria, do Povo e do Regime. Não foi contra qualquer reivindicação popular, contra      qualquer idéia que, enquadrada dentro dos princípios constitucionais, objetive o bem do povo e o progresso do País.

Se os banidos, para intrigarem os brasileiros com seus líderes e com os chefes militares, afirmarem o contrário, estarão mentindo, estarão, como sempre, procurando engodar as massas trabalhadoras, que não lhes devem dar ouvidos. Confiamos em que o Congresso votará, rapidamente, as medidas reclamadas para que se inicie no Brasil uma época de justiça e harmonia social. Mais uma vez, o povo brasileiro foi socorrido pela Providência Divina, que lhe permitiu superar a grave crise, sem maiores sofrimentos e luto. Sejamos dignos de tão grande favor.”

                                                        
                                                            












Tapando a crise com a peneira

GILMAR vs. BARBOSA
Tapando a crise com a peneira

Por Luciano Martins Costa em 24/4/2009

Comentário para o programa radiofônico do OI, 24/4/2009

Os jornais engrossam o esforço para minimizar as conseqüências do grotesco bate-boca protagonizado na quarta-feira (22/4) pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o ministro do STF Joaquim Barbosa.

A imprensa tenta esclarecer as divergências que democratizam o plenário da corte suprema, traçando os perfis dos magistrados, suas origens e tendências políticas, mas dá amplo espaço para declarações segundo as quais não há uma crise no STF.

É como se o Brasil oficial, aquele que preenche a agenda política e alimenta o noticiário com suas declarações e querelas, pretendesse criar um limite para o que o público pode ou não pode saber sobre os bastidores dos poderes da República.

Acontece que o episódio foi transmitido pela TV Justiça, ao vivo, e, capturado por internautas, está disponível para quem queira assistir. Mas recomenda-se tirar as crianças da frente do computador. O espetáculo não homenageia as instituições democráticas.

O Globo, que ultimamente tem aplicado certo humor de gosto duvidoso sobre temas de alta gravidade, saiu para o lado da galhofa. O texto em questão, que ocupa uma página inteira, compara a discussão entre os magistrados a uma briga de rua. Mas, no meio da blague, o autor do texto observa que a referência de Barbosa a supostos "capangas" de Gilmar Mendes produz "uma boa linha investigativa".

Está aí, de fato, uma pauta que atiça a curiosidade dos leitores. Mas será que os jornais vão se interessar?

Maior apoio

E o que há por trás do desentendimento entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, personagem corriqueira na mídia, e o ministro que se notabilizou por aceitar a denúncia contra os acusados do escândalo chamado de mensalão? Segundo revelam os jornais, além de desentendimentos pessoais de longa data, entre os quais despontam certas referências étnicas, os dois magistrados sustentam no plenário pesadas divergências de fundo doutrinário.

O ministro Joaquim Barbosa, primeiro e único representante de afrodescendentes a chegar ao Supremo Tribunal, defende a atuação agressiva da Polícia Federal e do Ministério Público nos crimes de colarinho branco. O presidente da corte, ministro Gilmar Mendes, manifesta-se publicamente contra o que chama de abusos nas investigações, e tem tomado decisões controversas em pedidos de habeas corpus de réus de grande repercussão.

Discretamente, a imprensa pende em favor de Gilmar Mendes, mas Joaquim Barbosa parece contar com maior apoio do público.

A crise que a imprensa tenta abafar não deixa de existir se sair do noticiário.

A tortura - FREI BETO

A tortura

”Na quinta-feira, três policiais acordaram-me à mesma hora do dia anterior. De estômago vazio, fui para a sala de interrogatórios. Um capitão, cercado por sua equipe, voltou às mesmas perguntas: “Vai ter que falar senão só sai morto daqui!”, gritou. Logo vi que isso não era apenas uma ameaça, era quase uma certeza. Sentaram-me na cadeira-do-dragão, com chapas metálicas e fios, descarregaram choques nas mãos, nos pés, nos ouvidos e na cabeça. Dois fios foram amarrados em minhas mãos, e um na orelha esquerda. A cada descarga, eu estremecia todo, com se o organismo fosse se decompor. Da sessão de choques passaram-me ao pau-de-arara. Mais choques, pauladas no peito e nas pernas, que cada vez mais se curvavam para aliviar a dor. Uma hora depois, com o corpo todo ferido e sangrando, desmaiei. Fui desamarrado e reanimado. Conduziram-me a outra sala, dizendo que passariam a descarga elétrica para 220 volts, a fim de que eu falasse “antes de morrer”. Não chegaram a fazê-lo. Voltaram às perguntas, bateram em minhas mãos com palmatórias. As mãos ficaram roxas e inchadas, a ponto de não poder fechá-las. Novas pauladas. Era impossível saber qual parte do corpo doía mais; tudo parecia massacrado. Mesmo que quisesse, não poderia responder às perguntas: o raciocínio não se ordenava mais, restava apenas o desejo de perder novamente os sentidos. Isso durou até as dez da manhã, quando chegou o capitão Albernaz” (Batismo de Sangue, ed. Casa Amarela, p. 260).
O trecho acima é uma amostra do relato de torturas sofridas por Frei Tito de Alencar Lima, em 1969, nas dependências do Doi-Codi de São Paulo, onde mais tarde Vladimir Herzog e Manoel Fiel Filho seriam “suicidados”. Enlouquecido pelas agressões, o frade dominicano veio a falecer em 1974.
”A tortura deixou de existir para sempre”, escreveu Victor Hugo em 1874. Infelizmente o autor de Les Misérables equivocou-se. Nem a tortura nem os que ousam tentar justificá-la desapareceram. Segundo a Anistia Internacional, a tortura é aplicada ou tolerada por governos de pelo menos 60 países, entre os quais o Brasil.
Hélio Pellegrino frisou que “a tortura busca, à custa do sofrimento corporal insuportável, introduzir uma cunha que leve à cisão entre o corpo e a mente. E, mais do que isto: ela procura, a todo preço, semear a discórdia e a guerra entre o corpo e a mente. (Š) O projeto da tortura implica uma negação total e totalitária da pessoa, enquanto ser encarnado. O centro da pessoa é a liberdade. Na tortura, o discurso que o torturador busca extrair do torturado é a negação absoluta e radical de sua condição de sujeito livre” (Folha de S. Paulo 5/6/82).
O Antigo Testamento defende os escravos das arbitrariedades: “Se alguém ferir o seu escravo ou a sua serva com uma vara, e o ferido morrer debaixo de sua mão, será punido” (Êxodo 21, 20). São Paulo chega a apelar à sua cidadania romana para livrar-se das sevícias (Atos 22, 24). Tertuliano, no século II, exorta os soldados convertidos à fé cristã a evitarem torturas (De Corona). Lactâncio, no século IV, em sua Divinae Institutiones, condena a tortura “por ser contra o direito humano e contra qualquer bem”.
Santo Agostinho, na Cidade de Deus, repudia a sua aplicação por tratar-se de pena imposta a quem ainda não se sabe se é culpado. No entanto, a Inquisição tentou sacramentar a tortura. “Tortura-se o acusado, com o fim de o fazer confessar os seus crimes”, reza o Manual dos Inquisidores, de Nicolau Emérico. São Tomás de Aquino, porém, considerou a tortura delito mais grave que o homicídio, pois aquela convoca a vítima a ser testemunha de seu opróbrio.
A condição de filósofo não impediu Heidegger de apoiar o nazismo, nem a de papa evitou que fossem a favor da tortura Inocêncio I (s. V), Inocêncio IV (s. XIII) e todos os teólogos que abençoaram a Inquisição.
Sob o regime militar, nenhum agente do Estado, pago pelo contribuinte para defender e encarnar as leis, tinha o direito de torturar, assassinar e fazer desaparecer pessoas. São crimes hediondos. No entanto, enquanto a Argentina mandou para a cadeia os militares responsáveis pela ditadura, e agora o Chile dá-nos um exemplo de cidadania e democracia, apurando os crimes praticados em nome do combate ao terrorismo, sem poupar o general Pinochet, aqui uma lei de anistia que envergonha os princípios do Direito assegura impunidade aos torturadores e ainda enseja articulistas a considerações “filosóficas” sobre a única matéria que a memória se recusa a esquecer: a dor humana.