Familiares começaram a destribuir cartazes para ajudar a encontrar Juan
Foto: Jadson Marques/Futura Press
Foto: Jadson Marques/Futura Press
Logo após receber a notícia de que o corpo encontrado às margens do rio Brotas, em Belford Roxo (RJ), era de seu filho Juan Moraes, 11 anos, o pai do menino, Alexandre da Silva não escondeu seu desespero e cobrou providências do poder público. "Quero saber como isso vai ficar, quem vai pagar por isso? A mãe dos meus filhos está muito abalada, entrou em desespero", disse Silva.
A criança desapareceu no dia 20 de junho, após troca de tiros entre policiais e traficantes na favela Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Juan, seu irmão Wesley, 14 anos, e Vanderson dos Santos de Assis, 19 anos, foram baleados. Wesley afirma ter visto o irmão sendo atingido e caíndo no chão. Poucos minutos depois, o menino desapareceu.
Na tarde desta quarta-feira, o comandante da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, determinou que os quatro PMs que participaram da ação na comunidade sejam afastados do batalhão e transferidos para a Diretoria Geral de Pessoal. Caso seja comprovada a participação dos policiais, eles serão expulsos da corporação.
Ossada encontrada era de Juan
A chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Martha Rocha, anunciou a morte do menino Juan no início da tarde desta quinta-feira. Ele estava sumido desde 20 de junho, após uma operação do 20º BPM (Mesquita), na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Em entrevista coletiva, Martha Rocha informou que o corpo encontrado na semana passada e que havia sido identificado como de uma menina era, na verdade, de Juan. A confirmação veio através de dois exames de DNA.
A chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Martha Rocha, anunciou a morte do menino Juan no início da tarde desta quinta-feira. Ele estava sumido desde 20 de junho, após uma operação do 20º BPM (Mesquita), na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Em entrevista coletiva, Martha Rocha informou que o corpo encontrado na semana passada e que havia sido identificado como de uma menina era, na verdade, de Juan. A confirmação veio através de dois exames de DNA.
"Não há a menor sombra de dúvida de que se trata do menino Juan", disse Sergio Henriques, diretor de polícia técnica, durante a coletiva. "Houve um erro de precipitação da perita, e ela vai responder a uma sindicância", disse acerca do erro de identificação do sexo do corpo. Também foi aberta uma sindicância sobre a atuação no caso da 56ª DP (Comendador Soares), cujo delegado foi afastado. Os exames que comprovaram a identidade foram feitos a partir do chinelo encontrado na comunidade e que era usado pelo menino naquele dia.
Além de homicídio, os policiais militares podem responder por ocultação de cadáver e fraude processual. Segundo o titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, o pedido de prisão só será feito após a reconstituição, programada para sexta-feira.
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Tudo é possível no "Império de Cabrália"...
ResponderExcluirPode ser verdade que o corpo seja do menino, mas pode ser também que estejam aproveitando para liquidar as duas situações, ou seja, o desaparecimento de Juan e o surgimento de um corpo feminino não identificado.
O afastamento da perita pode ter sido proposital, assim faz com que ela não seja encontrada a fim de não ter que esclarecer nada para a imprensa e comprometer mais a situação de descaso generalizado.
A família do Juan é quem vai esclarecer ao reconhecer - ou não - o que sobrou do corpo encontrado.
Acho que outro exame de DNA deve ser feito fora dos limites desse "Império" imundo.